Qual a pressão ideal dos pneus?

 24-09-2021

Não negligencie a pressão dos pneus. É fundamental mantê-la nos valores de referência, pois evitará riscos desnecessários na estrada e custos de manutenção indesejados.

Sabia que o comportamento do seu automóvel depende da pressão dos pneus? Embora esta informação não seja novidade para a maioria dos automobilistas, é comum descurar-se a verificação periódica do ar das rodas. E essa negligência nunca é positiva. Pelo contrário, pode mesmo dar azo a situações graves e a despesas avultadas.

Não é demais lembrar que os pneus são o único contacto do automóvel com a estrada. Essa realidade deveria ser suficiente para os encararmos com a devida atenção, porque, afinal de contas, cuidar deles é cuidar da nossa segurança. Além disso, garantir a pressão ideal dos pneus é um desafio ao alcance de qualquer condutor.

Consequências

Se precisa de mais argumentos, veja a lista de algumas das prováveis consequências da falta de monitorização:

Pressão baixa

1. Sobreaquecimento. Os pneus aquecem em demasia, favorecendo a deformação e degradação dos seus constituintes e potenciando o risco de rebentamento ou explosão.

2. Menor domínio. O contacto com o pavimento não é total, criando espaço para algum descontrolo ao volante. A distância de travagem pode aumentar em cinco metros se a pressão for inferior em 1 bar. O perigo também espreita nas curvas e em pisos molhados (maior risco de aquaplaning).

3. Desgaste rápido. A vida útil dos pneus reduz com a pressão baixa. Quanto menos ar, mais depressa se desgastam, e de forma desigual. Se os valores estiverem abaixo do recomendado em 20%, durarão, também, menos 20%.

4. Consumo superior. A resistência ao rolamento é maior com os pneus vazios. Com menos 1 bar que o estipulado, o consumo de combustível dispara cerca de 6%.

Pressão alta

1. Aderência baixa. Quando a pressão é demasiado alta, o pneu adere de forma insuficiente ao pavimento, pois apenas a zona central da borracha ficará em contacto.

2. Perda de controlo. Em consequência da menor aderência, o controlo do veículo também é afetado: perda de capacidade de resposta nas curvas e nas travagens.

3. Desconforto. Por estarem mais rígidos, os pneus muito cheios provocam desconforto na condução e um desgaste precoce dos elementos da suspensão.

4. Maior consumo. As condições deficientes de contacto com o solo provocam um desgaste assimétrico e acelerado dos pneus. Também o consumo de combustível aumenta.

Recomendações

Abaixo ou acima das recomendações do fabricante, uma pressão incorreta dos pneus conduz a situações de insegurança e faz aumentar as despesas de manutenção do automóvel. Contornar este indesejado cenário é simples: monitorizar o ar de forma regular. Se não quiser deslocar-se a uma oficina, opte por comprar um manómetro e fazê-lo em casa, ou, então, recorrer ao posto de combustível mais próximo.

Os principais fabricantes aconselham a fazer essa verificação uma vez por mês, pelo menos, pois os pneus perdem pressão constantemente – em condições ideais, libertam, mensalmente, cerca de 0,069 bar. Também deve fazê-lo antes de uma grande viagem. Nos carros equipados com TPMS, fique atento ao aviso no painel de instrumentos.

Pressão ideal

Entre consequências e recomendações, há algo fundamental: sabe qual a pressão dos pneus do seu carro? O valor de referência difere de veículo para veículo, pelo que é indispensável que use a medida correta para o seu caso.

A informação necessária (inclui valores para condução normal e para condução em plena carga) pode encontrar-se em diversas áreas do veículo: manual de instruções; flanco da porta do condutor; interior da tampa de acesso ao depósito de combustível; ou compartimento do motor.

A falta de informação não desculpa qualquer omissão. Porém, se quiser conselhos de profissionais, ou mesmo a verificação da pressão, vá à oficina Euromaster mais próxima. Estará nas mãos de verdadeiros especialistas.