O funcionamento do motor do limpa-para-brisas

 24-09-2021

É do senso comum que a segurança na estrada depende, em boa medida, das condições de visibilidade do condutor do veículo. Chuva intensa, neve, pó ou outro tipo de sujidade no para-brisas podem atrapalhar perigosamente o automobilista, pois este deixará de ver de forma nítida o caminho que percorre e o contexto circundante.

Hoje em dia essas adversidades já não são tão aceitáveis para justificar um acidente. Os veículos estão, há décadas, dotados de mecanismos próprios para fazer face a esses contratempos. Quem nunca usou o limpa-para-brisas para afastar a água da chuva ou remover salpicos de sujidade? Ou os esguichos de água para humedecer o vidro e facilitar a limpeza com as escovas?

Trata-se de um mecanismo de limpeza indispensável a uma condução tranquila e segura. Por isso, não será demais perceber como funciona o motor do limpa-para-brisas.

Duas tecnologias

Para funcionar e ter eficácia, o limpa-para-brisas conjuga duas tecnologias mecânicas: um motor elétrico com engrenagem redutora integrada; e um sistema de transmissão por meio de hastes. Cada uma tem uma função essencial:

1. Motor e sistema redutor. É a combinação destes dois elementos que produz a força necessária para ativar as escovas na limpeza do para-brisas. A engrenagem helicoidal incorporada à saída do pequeno motor elétrico - funciona com uma tensão de 12 volts e uma intensidade entre 4 e 6 amperes - acaba por multiplicar a sua velocidade para acionar as hastes que sustentam as escovas contra o vidro.

2. Sistema de transmissão. Integrada junto ao eixo de saída da engrenagem, uma peça rotativa, à qual se encontra ligada uma longa haste, gira com a rotação do motor. Combinada com um conjunto de bielas e manivelas ou, então, com um cabo fixo, transforma o movimento giratório da roda dentada num movimento alternativo, criando um vaivém das escovas até cerca de 70 vezes por minuto.

O funcionamento angular das escovas pode diferir consoante o fabricante do veículo. O sistema tandem (duas escovas fazem o movimento no mesmo sentido) é o mais eficaz e, por isso, o mais utilizado, embora haja carros equipados apenas com uma só escova, ou então com duas, mas a funcionar em sentido contrário.

O papel do interruptor

Enquanto o futuro não chega - a nanotecnologia aplicada nos veículos vai ‘reformar’ os limpa-para-brisas, uma vez que os vidros deverão vir a contemplar as propriedades necessárias para se limparem de forma autónoma -, é um interruptor junto ao volante que ativa o motor que coloca tudo em funcionamento. Dependendo da posição em que se encontre, as escovas movem-se rápida ou lentamente - o motor trabalha de modo contínuo -, ou de forma intermitente - o motor para, por instantes, entre movimentos.

A posição de intermitência do manípulo pode incluir até uma dezena de velocidades diferentes, adaptando a deslocação das escovas à quantidade de chuva com maior precisão. O elemento responsável pela sensibilidade para coordenar o intervalo entre os movimentos é um circuito eletrónico - acoplado ao motor elétrico e à engrenagem -, que também mantém as escovas acionadas, quando desligadas, até chegarem a uma posição de repouso.

Uma maior eficácia, ainda, está a ser alcançada com um sistema dotado de sensores óticos de chuva, que detetam a quantidade de água que se acumula no vidro.

Limpe as escovas

Os limpa-para-brisas são um acessório de grande desgaste. Pode adiar a sua substituição usando um pano húmido para limpar a tira de borracha que está em contacto com o vidro. Quando a eficácia estiver em causa, troque as escovas. Dirija-se a uma oficina Euromaster, fazemos o trabalho na hora.